EXPERIÊNCIA DE COMPRA NO VAREJO
O mito das experiências 100% digitais não se concretizou. Para os negócios se fortalecerem em um mundo híbrido, que misturam o digital e o físico, é preciso oferecer uma experiência perfeita em todos os métodos de compra, do início ao fim: online, na loja, nas redes sociais, no marketplace, e por aí vai. A compra híbrida, que começa em uma plataforma e termina em outra, o relacionamento pós-compra no metaverso, o uso de gamificação na jornada de compra, e outros, são alguns dos caminhos para experiências no varejo.
TERRITÓRIOS DE FUTURO
Hybrid Shopping
RMN
(Retail Media Networks)
É uma necessidade que todos os ambientes de compra de uma mesma marca (digitais e físicos) estejam integrados, e falar de omnicanalidade é item obrigatório. Os dados gerados nestas experiências precisam ser captados, organizados e disponibilizados para uso, visando uma experiência cada vez mais qualificada para o consumidor final. Conceber experiências de compra que começam em um ponto de contato e continuam ou terminam em outro. Construir estratégias e gatilhos para que um cliente possa iniciar sua jornada de compra e relacionamento em uma loja física, depois continuar no ambiente digital, voltar para uma loja física e assim por diante, podemos ter uma maior satisfação tanto para o consumidor quanto para a marca.
Todo espaço pode ser um espaço de mídia. Recentemente somos impactados por mídias em toda nossa jornada diária, em vários momentos e pontos de contato. Da hora em que acordamos até a hora que vamos dormir somos impactados por mídia tradicional, mídia externa, mídia digital, social media, indluenciadores e muito mais. Será que espaços de varejo também podem ser ambientes de mídia e participar desta jornada? Recentemente diversos players globais fizeram movimentos nesta direção como, por exemplo, a Best Buy que resignigficou seu papel como varejista através do conceito de mídia e experimentação de produtos de tecnologia no PDV.
DTC além do online
Recentemente tem sido frequente um movimento no qual marcas adotaram como estratégia canais digitais diretos ao consumidor (DTC). Com o crescimento dos canais digitais DTC e fortalecimento da concorrência online ocorre o aumento dos custos de marketing digital e e-commerce e estes reajustes colocaram a viabilidade do modelo DTC em questão. Para manter o crescimento, as marcas provavelmente precisarão diversificar seu mix de canais, incluindo atacado e terceiros marketplaces, juntamente com os canais DTC.
Case All Birds que na contramão das marcas nativas digitais abriu mais de 50 lojas físicas que estão integradas ao e-commerce da marca.
Fonte: BOF e McKinsey & Company | The State of Fashion 2023
B2B
Marketing
Express
Shopping
Estamos vivendo uma resignificação do varejo e toda a cadeia B2B tem se mostrado como elemento essencial no ambiente de negócios. Para chegar no consumidor final se passa por uma série de parceiros, representantes, distribuidores, transportadores, lojistas, vendedores, diversos elos de uma cadeira essencial para o negócio. Todos os membros desta cadeia são importantes e precisam estar constantemente sendo abastecidos de informações relevantes sobre produtos e iniciativas, assim como podemos ajuda-los a qualificar e aprimorar seu dia a dia de trabalho. Diante deste contexto, todo ambiente de marketing para esses elos da cadeia torna-se tão importante quanto o que fizemos de marketing para nossos consumidores finais.
Recentemente conceitos como o BOPS (Buy Online Pickup In Store) tem se popularizado e se tornado importante pro consumidor trazendo maior praticidade e conveniência. Muito tem se falado também do Buy Online Pickup in Crubside, comprando digitalmente, de forma expressa e pegando o produto na calçada, de retirada expressa. Este tema ainda precisa ser explorado e novas formas de retirada de produtos expressas e convenientes se tornam cada vez mais relevantes.
Recommerce Z
Retail Finance
O conceito por trás do termo não é uma novidade, pois envolve, basicamente, a venda e a compra de produtos usados, que fazem parte do mercado há algum tempo. Brechós, bazares comunitários, lojas de antiguidades são formatos de negócios bem-sucedidos há muito tempo. Porém, odiferencial para o varejo hoje é o fato de que é uma tendência de comportamento que se alinha aos propósitos da genZ. E, acompanhando o comportamento de consumo dessa geração, é muito provável que essas compras aconteçam no digital. Nessa linha, o recommerce pode ser visto como uma oportunidade de as empresas ampliarem o faturamento, na medida em que desenvolvem estratégias mais apropriadas aos propósitos das novas gerações.
A chegada das fintechs e a transformação digital vivida no setor bancário com a chegada de novos players como os bancos digitais como Nubank, Inter, C6, e outros, estão promovendo constantemente mudanças no setor. Isso impacta diretamente as marcas e os varejistas em geral. Com isto abre-se um espaço para as marcas incorparem elemntos dos bancos digitais (prestando serviços financeiros para os consumidores e lojistas) como também os bancos se comportarem mais como lojas (ex. bancos que exibem lojas online para seus correntistas).
Social Shopping
Nossas vidas são impactadas diretamente com o que acontece no universo de social media. Vivemos intensamente em redes sociais e alguns estudos apontam que, em pouco tempo, as vendas digitais no ambiente de redes sociais tende a ser maior do vendido no conceito tradicional de e-commerce. Diversas inovações tem surgido recentemente conectadas a este tema, entre elas estão as diversas ações de live commerce, bastante populares na Asia, e também iniciativas que permitam uma compra digital que dialoguem constantemente com o ambiente de redes sociais, onde inclusive as pessoas possam interagir e dialogarem entre si enquanto compram digitalmente.
Gamificação Continuada
Local
Retail
Toda compra é o início de relacionamento entre um cliente e uma marca. Nós queremos que o relacionamento seja duradouro e que renda benefícios para ambos os lados, tanto para o consumidor quanto para a marca. Nos dias atuais, os conceitos de gamificação estão cada vez mais populares e presentes nas nossas vidas... será que não podemos utilizar recursos de gamificação como pontuações, jogos, desafios, rankings divertidos, entre outros para aumentar e aprimorar a relação do consumidor conosco (B2C ou B2B) após o seu ato de compra? Usar a gamificação para aumentar o LTV e o tempo de permanência e intereação do cliente conosco pode ser uma ótima alternativa.
Estamos vivendo um período de fortalecimento das questões locais, pequenos varejos, estabelecimentos que respeitam e dialogam com a cultura do local, da região na qual estão inseridos, com a comunidade destes locais, estão sendo cada vez mais relevantes e valorizados. Isto tem impactado também as grandes redes e grandes marcas, elas estão buscando formas para se adaptarem e dialogarem com as características de cada local de diversar formas, tanto na composição de mix de produtos específicos para cada localidade como também na adaptação e tratamento de vendas/canais/comunicação para cada localidade.
Restaurant-Stores
Autoshopping
Na era da experiência, cada vez mais torna-se importante que os consumidores vivenciem experiências nas quais eles saiam encantados e totalmente satisfeitos. Os restaurantes e espaços de alimentação estão muito atentos a este momento e além da experiência gastronomica, restaurantes se tornaram ambientes de socialização, entretenimento e também shoppings/lojas/espaços de compra. É possível ir a um restaurante para comer, se divertir e também se surpreender encontrando um produto interessante, que crie desejo e seja comprado por parte do consumidor. Unir o conceito de gastronomia, entretenimento e compra em um mesmo ambiente pode ser um ótimo canal de vendas e relacionamento com o consumidor.
Com a vida retomando a normalidade, lugares como, por exemplo, hotéis e aeroportos passaram a se tornar importantes ambientes de varejo. A circulação de pessoas nestes ambientes aumentou de forma significativa no ano de 2022 e seguirá aumentando. Portanto, espaços como hotéis e aeroportos, se tornam lugares com potencial alto de consumo e ambiente bem interessantes para modelos de lojas que se aproximam do autosserviço, numa experiência na qual normalmente o consumidor não possui o atendimento de um vendedor e realiza sua compra em terminais inteligentes de autosserviço.
Metaverso
para Suporte
Cheap
Store
Conforme o metaverso vai crescendo e sendo compreendido pelas pessoas em geral, ele vai se tornando um ambiente muito relevante para as marcas dialogarem com seus consumidores, não necessariamente como mídia ou compra, mas principalmente como uma canal de diálogo e atendimento ao consumidor. O metaverso pode ser um ambiente útil e interessante para atividades de suporte e atendimento aos consumidores.
Devido a diversos fatores recentes vividos na economia, os custos de ocupação e real estate estão se tornando cada vez mais caros. Tanto os custos de locação como também elementos conectados a construção cívil como o custo de material de construção estão tornando o custo para conceber varejos físicos cada vez mais elevado, aumentando o montante gasto por m². Dado este cenário, se torna cada vez mais relevante que tenhamos formas e caminhos para concebermos varejos mais baratos tendo em vista que o crescimento de receita das operações terá que ser muito forte para acompanhar os custos para a geração de uma operação de vendas física.